Teologia - A Doutrina de Deus
[Teologia] s.f Ciência ou estudo que se dedica a Deus, às suas características, às suas particularidades e às suas relações estabelecidas com o universo e com o homem. Reunião das normas e princípios que regem uma religião; doutrina. Reunião dos dogmas religiosos. Modo próprio de abordar as questões religiosas.
Agora que você já sabe o significado de Teologia, que tal nos aprofundarmos neste estudo rogando ao Senhor que ele seja útil para nos aproximarmos ainda mais de Deus e vivermos uma vida que agrada ao nosso Senhor?
Sou uma auto-didata de Teologia e através da utilização de livros confiáveis, baseados na Bíblia (e ela própria), convido você a vir comigo neste estudo, pouco a pouco entendendo mais e mais do Senhor e usando isso para a sua Glória! Vamos lá?
Começamos a estudar teologia pela Doutrina de Deus, admitindo que teologia é o conhecimento sistematizado de Deus de quem, por meio de quem e para quem são todas as coisas!
O estudo da teologia parte de 2 pressupostos:
1) Que Deus existe;
2) Que Ele se revelou em sua Palavra divina;
Por isso, podemos olhar para sua Palavra e aprender o que ele revelou a respeito de si mesmo e a respeito de sua relação para com suas criaturas.
Prova Bíblica da Existência de Deus
Nós cristãos, aceitamos pela fé que Deus existe, contudo, nossa fé não é cega, ela é baseada em provas que estão na Escritura como a Palavra de Deus inspirada, e também pela revelação de Deus na natureza. A prova bíblica não vem de uma forma explícita nem tão pouco de um argumento lógico, neste sentido a Bíblia não prova a existência de Deus. O mais próximo seria Hebreus 11.6 "...é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam". A Bíblia pressupõe a existência de Deus como criador de todas as coisas logo no seu início (Gênesis 1.1), mas não somente isso, também como sustentador de todas as criaturas, governador de indivíduos e nações. Ela testifica que Deus opera todas as coisas de acordo com o conselho da sua vontade e revela a gradativa realização do seu propósito de redenção. No Antigo Testamento vemos a preparação para esta obra de redenção e a sua culminação na Pessoa e Obra de Cristo no Novo Testamento. Vê-se Deus em quase todas as páginas da Escritura Sagrada. Portanto, é pela fé que aceitamos a revelação de Deus e obtemos a compreensão do conteúdo da Palavra, este conhecimento é resultante da íntima comunhão com Deus. Nossa fé não é cega, mas somente os filhos de Deus a enxergam, tornando-se loucura para o mundo.
A negação da Existência de Deus
Existem muitas pessoas no mundo que negam a existência de Deus como ele é revelado nas Escrituras, uma Pessoa de perfeições infinitas, autoexistente e autoconsciente, que realiza todas as coisas segundo um plano predeterminado.
Tais pessoas podem ser divididas entre ateus práticos e teóricos: os primeiros são aqueles que são pessoas não religiosas, que na vida prática não contam com Deus, vivem como se Deus não existisse. Os ateus teóricos por sua vez, baseiam sua negação num processo de raciocínio, procuram provar que Deus não existe usando para este fim aquilo que lhes parece argumentos racionais conclusivos. Por causa da semente da religião "semen religionis" que Deus implantou no coração de todo ser humano podemos afirmar que ninguém nasce ateu.O ateísmo resulta do estado moral pervertido do homem e do seu desejo de fugir de Deus.
Alem do ateísmo, podemos ver também os falsos conceitos atuais de Deus que envolvem a negação do Verdadeiro Deus. Esses falsos conceitos falam sobre a existência de Deus como um ser imanente e impessoal ou o conceito de um Deus finito e pessoal ou ainda Deus como personificação de uma simples ideia abstrata.
As chamadas "provas Racionais" da Existência de Deus
Ao longo do tempo, desde Platão e Aristóteles, alguns estudiosos foram criando provas para a existência de Deus e entre estes estudos os mais conhecidos são: O argumento ONTOLÓGICO (que o homem tem a ideia de um ser absolutamente perfeito; que a existência é atributo de perfeição; e que, portanto, um ser absolutamente perfeito tem que existir), o argumento COSMOLÓGICO (cada coisa que existe no mundo tem de ter uma causa adequada; sendo assim, o universo também tem que ter uma causa adequada, isto é, uma causa indefinidamente grande), o argumento TELEOLÓGICO (em toda parte o mundo revela inteligência, ordem, harmonia e propósito, e assim implica a existência de um ser inteligente e com propósito, apropriado para a produção de um mundo como este), o argumento MORAL (a existência de alguém que, como legislador e juiz, tem absoluto direito de dominar o homem), o argumento HISTÓRICO ou ETNOLÓGICO (entre todos os povos e tribos da terra há um sentimento religioso que se revela em cultos exteriores. Visto que o fenômeno é universal, deve pertencer à própria natureza do homem, e se a natureza do homem leva ao culto religioso é porque um ser superior que constituiu o home um ser religioso). Todos esses argumentos tentam explicar a existência de Deus, porém cada um deles mostra-se vulnerável e pode-se responder à eles.
Os crentes não precisam destes argumentos, não dependemos deles mas sim da confiante aceitação da autorevelação de Deus na Escritura. Tentar provar a existência de Deus através deste argumentos é de certa forma contrariar o testemunho da Palavra de Deus. Confiando nestes argumentos muitos tropeçaram e portanto, esses argumento são em última análise, inúteis.
Conhecer a Deus, a Doutrina de Deus é conhecer o Deus que está nas Escrituras!
Estudo extraído do Capítulo O Ser de Deus I - A existência de Deus do Livro Teologia Sistemática Louis Berkhof - Editora Cultura Cristã
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